PETAR em São Paulo

Estive no PETAR umas 4 vezes, duas delas visitei o Núcleo Santana, outras 2 o núcleo Caboclos, gostei mais desse último, não pelas caverna, Santana tem mais opções e mais estrutura, pousadas por exemplo, em Caboclos há resquícios de estrutura, como banheiros no local onde é permitido acampar, mas longe de estarem conservados quando fui pela ultima vez.
Minha história aqui é sobre o quanto apanhei da luz nas cavernas, eu nunca fui muito fã de flash, e nem acho muito bom usar luz muito forte nas cavernas, mas definitivamente o que eu tinha na época não deu conta das cavernas, o espaço quase sempre amplo e sem as paredes regulares para refletir foi bem difícil regular a máquina adequadamente, pra piorar, o foco automático da máquina, somado aos meus óculos embaçados chuva que caia constantemente na primeira vez que estive lá me levaram a muitas fotos sem foco, vergonha, mas como recordação, as fotos dessa primeira viagem ainda são as que mais gosto de lá.
Essa primeira viagem foi pro Santana, numa época que as máquinas ainda usavam filmes, os capacetes carbureteira e lembro que era um carnaval longo, uma semana de cavernas, o grupo era grande, mas muito divertido, não faltaram piadas sobre o cheiro nada agradável das carbureteiras, nem tombos, todos praticamente escorregaram pelo menos uma vez nas entradas das cavernas, felizmente nada grave.
Entre as cavernas de lá a que mais gostei e guardo a experiência com carinho foi lambari de baixo, talvez porque foi a última que fomos, quase descartamos devido a chuva, mas nos últimos dias o sol veio forte, e pudemos numa tarde atravessar essa caverna, com água na altura do peito por todo o trecho, não sei quanto andamos por ela, lembro que foram 3 horas.
Em Caboclos Timinina e Desmoronada impressionavam mais como cavernas, talvez por estarmos sozinhos por lá, a diversão foi garantida pelos sustos, eu e um amigo temos certeza de que fomos parte da trilha acompanhados por algum bicho, nada foi visto, mas a região é conhecida pelas onças, nada agradável saber essas coisas naquele momento.
Também me diverti com a fobia do meu amigo por aranhas, com trilhas menos usadas as aranhas fazem a festa, teias a cada dois ou três passos fechavam o caminho, e ver um cara com quase 1,90 se apavorar com algumas pequeninas aranhas era de certa forma bem inesperado, se ele tomasse a frente na caminhada, não andávamos, se eu tomasse a frente ele reclamava a cada teia que eu destruía, pois segundo ele, voavam todas na direção dele 😃 .
Ainda não conheço a Casa de Pedra, no extremo do parque, e com as restrições de visitação por lá, não tenho certeza se conhecerei, mas pensando na minha vontade de ter melhores fotos cavernas não parecem ser minha aventura predileta, mas recomendo a todos experimentar.
Em tempo, eu visitei a Caverna do Diabo em uma dessas visitas que fui, e foi frustrante, é bonita, mas não é mais uma caverna como eu gosto de ver cavernas, há corrimões, passarelas, restrições e proteções de todo o tipo para evitar visitantes folgados, se tivesse ido lá com uns 10 anos de idade talvez me animasse mais, mas já adulto, achei bem sem graça, mas ok, pra quem quer visitar uma caverna, ver algumas formações e nem sujar as mãos ou correr o risco de escorregões pode ser um destino a se considerar.