Quando aceitei o convite de estender um roteiro que estava fazendo no norte do Brasil para incluir o Piauí nele não foi por saber que lá haviam coisas interessantes, mas sim porque o grupo que convidou era bom de viagem e parecia boa a ideia de conhecer mais alguns pontos, a atração principal do roteiro expandido era o Delta do Parnaíba que já incluí aqui no site, mas outros pontos foram muito interessantes.

Em Parnaíba o operador local sugeriu mais alguns atrativos, entre eles o Parque Nacional de Sete Cidades, e lá fomos nós, 150km em direção ao interior do Piauí, região árida, o estado todo parece ser meio árido, inclusive o minúsculo litoral, os 66km de praias levam para o estado o título de menor litoral do Brasil, mas enfim, o foco dessa viagem era o interior.

Sete Cidades não nega seu nome, um conjunto de formações rochosas esculpidas pelo vento e sol surgem imponentes no meio da savana, mas essas formações alimentaram e muito a criatividade popular que encontrou nelas figuras conhecidas, como lagartos e mapas, também dinossauros, e assim tais formações ganharam nomes, ganharam histórias e lendas, caminhar por elas se torna bem saboroso.

Tudo é muito sólido, o que facilita o passeio, é curioso imaginar o quanto tempo levou pra se formarem somente pela ação do vento, e interessante ver como caprichosamente o vento esculpiu aquelas formações e o quão fotogênicas são.

Um lugar tão diferenciado certamente atrairia moradores, não nos tempos modernos talvez, mas também encontramos escrituras em paredes, vermelhas como outras que vi em outros lugares do Brasil.

Além disso há algumas colunas bem impressionantes, que parecem desafiar o vento forte e constante do lugar, sem falar de uma sensação paradoxal criada por alguns sentidos: mal se sente o calor porque o vento compensa bem, mas o sol não perdoa um segundo 😃  a cor do solo é em sua maioria de um marrom claro, lembrando um pouco areia e sugerindo fragilidade, mas tudo é bastante sólido e claro, cada imagem reconhecida nas formações cria mais dúvidas sobre como?

Somente as fotos não podem explicar a experiência de visitar esse lugar!