Guarda do Embaú em Santa Catarina

 

Muito próximo de me formar eu fui para Santa Catarina com bastante tempo, fui visitar um amigo que havia estudado comigo e conhecia bastante da região, ele não cansava de falar das praias ao Sul de Florianópolis, como a Guarda do Embaú, Praia do Rosa e Ibiraquera, mas já na época eu tinha noção que ficar em pé em cima de uma prancha, com ou sem vela, não seria fácil pra mim. 

A guarda do Embaú acabou sendo meu destino, pois pelos comentários era uma configuração de praia que eu não conhecia ainda, isolada por um canal, isso me parecia bem interessante. O vilarejo era praticamente uma vila de pescadores, penei pra achar o albergue, só tinha um e praticamente ninguém conhecia, além disso todos falavam rápido demais, eu mal reconhecia as palavras, demorei um pouco pra me acostumar com o sotaque bastante marcado.

A fama de ser uma das praias mais belas do Brasil não era mentira, o canal que separa o vilarejo da praia propriamente dita fazia um favor ao mundo, criando um ambiente bastante tranquilo na praia, eu me senti muito bem no local, tanto que ao ver uma gaivota passei a me divertir fotografando a mesma, ela parecia não estar tão interessada em mim quanto eu estava nela, mas não fugia assustada, só me ignorava.
A gaivota me animou a caminhar pela praia, em direção a praia ao lado, Gamboa, no caminho percebi me animei com as ondas batendo na costa com força, andei por algumas horinhas e retornei a tempo de pegar o por do sol na praia da Guarda, tarde agradável, gostei das fotos, estava alinhado com o local, em paz.

Na manhã seguinte logo cedo meu amigo passou por lá, me convidou pra voar de planador, no aero clube de São José, seguindo ele lá havia um super planador, praticamente único no Brasil, adorei a ideia, pena que meu estomago não gostou muito, após algumas manobras (me lembro claramente do nome Badalo de uma delas), acabei fazendo a maior sujeira no tal planador, pra minha vergonha e desespero, era clara a expressão de tristeza de todos no aero clube, aquele planador era mais que um filho pra eles, eu não tinha o direito, bem não entrarei em detalhes.

Pelo menos a esposa de meu amigo, uma italiana nata na época, fez uma magnifica lasanha pra recuperar meu estômago chato, o dia acabou em risadas e muitas caipirinhas.